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| Joseph Goebbels |
O autor dessa frase que dá título ao texto é Joseph Goebbels, ministro da propaganda nazistas e um dos homens de confiança de Hitler.Goebbels foi o responsável pela criação do mito “füher”. Cineasta, jornalista, literato e filósofo, possuía uma retórica única. Produzia filmes emocionantes divulgando o nazismo. Neles mostrava uma Alemanha melhor, próspera e feliz com a supremacia da raça ariana. Seus filmes estimulavam o preconceito étnico, a xenofobia, o patriotismo e o heroísmo e condenavam os judeus, alegando que eram culpados de acumular riquezas, explorando o povo. A propaganda e os filmes não apenas criticavam os inimigos, mas também criavam modelos de comportamento a serem seguidos pelos alemães.
Em Goebbels fui buscar um paralelo para falar da mídia brasileira e mostrar como ela tem um teor político direitista, entreguistas e imperialista, sua função não é apenas informar e entreter, mas sim passar nas entrelinhas mensagens políticas que o povo acaba absorvendo sem nem perceber.
Em 1964, com o golpe militar, os EUA passaram a ter influência direta no Brasil e na América Latina em geral, era época de "guerra fria" e o temor comunista rondava a Casa Branca, para dar suporte ao golpe e manipular o povo eles sabiam que o uso da mídia seria de suma importância, não foi a toa que praticamente 1 ano após a tomada do poder pelos milicos, que surgiu a Rede Globo com financiamento da Time Life e arquitetada pela CIA . O papel da Globo e da imprensa era "anestesiar" o povo e exaltar a ditadura, além de disseminar a cultura e influência estadunidense em nosso território. Diferente da Alemanha que era nacionalista, aqui o governo controlava a imprensa para atender aos anseios ianques e imperialistas que eram camuflados por um falso patriotismo, as atrocidades cometidas pelo governo não eram mencionadas, no seu lugar eram divulgados slogans cheios de ufanismo e propaganda governamental.
Durante o governo militar a mídia ganhou ainda mais força, o alcance da TV passou a ser uma coisa absurda, assim como de jornais e revistas, principalmente os que mantinham estreitos laços com os generais. Com a redemocratização esses veículos já se encontravam como um verdadeiro partido político travestido de imprensa, é como bem define o jornalista Paulo Henrique Amorim, chamando-os de PIG (Partido da Imprensa Golpista), o poder é tamanho que eles elegeram o nosso primeiro presidente após a redemocratização e 2 anos depois o tiraram de seu cargo. Se os militares já não estavam mais lá para controlar o país, ficou a certeza que o PIG daria continuidade ao legado entreguista, elitista e anti- democrático deixado pelos "digníssimos" senhores fardados.
É comum vermos nossa mídia atacando inimigos do imperialismo, sempre os tratando com muita empáfia e recorrendo até a mentiras para adjetivá-los, por exemplo, quando falavam de Hugo Chávez, ele era sempre tratado como um ditador autoritário, mas quando falam de Angela Merkel "vendem" uma imagem de mulher poderosa e democrática, mas o fato é que ambos foram eleitos para 3 mandatos consecutivos. O mesmo tratamento podemos notar quando mencionam Stalin, Bashar Al Assad, Fidel Castro, Raul Castro, Brizola e tantos políticos e nações inimigas dos ianques e das potências europeias. Já os presidentes estadunidenses e europeus não são adjetivados da mesma maneira, podem invadir outros países ou até jogar uma bomba atômica ceifando vidas inocentes, que sempre serão os pais da democracia e do bem estar mundial.
Outro artifício usado para manipular as massas são as novelas, principalmente as da Globo, que possuem um share enorme, assim alcançando boa parte dos lares brasileiros. Nessas novelas (assim como nos filme de Goebbels) são passados padrões comportamentais para o povo e dizendo implicitamente o que devem consumir, é rotineiro nos depararmos com marcas de patrocinadores inseridas no meio dessas produções, além de músicas que são tocadas e tendências sociais que a elite quer que o povão siga, um exemplo que ilustra bem o alcance dessas produções são os nomes da moda, que na maioria das vezes são oriundos de novelas globais, crianças são batizadas com o nome de personagens.
A conclusão que podemos tirar é que a imprensa não tem compromisso com a verdade, ela só usa a informação de acordo com seus interesses, com o objetivo de manobrar o povo ao seu bel prazer, e para não servirmos de papagaio do PIG é importante buscarmos informações em várias fontes, só assim analisar bem o que faz sentido, rechaçando a mídia manipuladora, elitista e imperialista.
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| Roque Santeiro, novela global que alcançou 100% de share em seu último capítulo, em 1985. |
