Nada mais justo de que iniciar o blog falando sobre Leonel Brizola, um político destemido e que sempre defendeu com firmeza e veemência suas convicções, mesmo que isso o colocasse em rota de colisão com a elite, com alguns políticos e principalmente com a mídia golpista, foi por esse seu temperamento combativo que foi considerado pela CIA um perigo e o maior inimigo da ditadura militar no Brasil.
Não foi a toa que ele recebeu essa classificação vinda da CIA e dos militares, suas ações correspondiam a esse temor dos ianques e de seus lacaios tupiniquins, Brizola quando foi governador do Rio Grande do Sul estatizou duas empresas estrangeiras – a Bond and Share, de eletricidade, e a ITT, de telefones. Aos 37 anos de idade e mais voltado para os problemas de seu estado, mal saberia ele do estardalhaço mundial que provocaria com aquelas ali vistas como simples decisões administrativas.
Outro fato marcante de sua trajetória política, foi quando em organizou a "Cadeia da Legalidade", visando garantir a posse do vice-presidente João Goulart, vulgo "Jango". com a renúncia de Jânio Quadros, os seus ministros militares eram contra a posse do "comunista" Jango e opondo-se a atitude dos ministros, Brizola forma uma rede de estações de rádio e passa a transmitir, a partir do palácio Piratini, mensagens de defesa da Constituição para todo o país, conclamando a população a resistir ao golpe.
Para evitar uma guerra civil, foi proposta a adoção do parlamentarismo. A saída parlamentarista foi aceita por Jango, que assumiu o posto de chefe de Estado em 7 de setembro de 1961. Tancredo Neves assumiu a chefia de Governo (Primeiro- Ministro).
Já em 1964, existem historiadores que dizem que Brizola queria montar uma resistência armada e enfrentar os militares golpistas, mas Jango temendo um derramamento de sangue e uma guerra civil decide se exilar no Uruguai.
Outra marca de sua honrosa biografia foi o combate a família Marinho, a Globo e ao PIG em geral, nos anos 60 Brizola e Roberto Marinho já se "estranhavam", Brizola sofreu duras e maldosas críticas dos veículos de comunicação dos Marinho, sempre sendo atacado com afirmações mentirosas e depreciativas, um dos ápices dessa guerra, foi qdo em meados dos anos 80, o então governador do RJ tira os direitos de transmissão do carnaval da platinada, outro episódio marcante desse embate foi quando Brizola ganhou direito de resposta na justiça contra um editorial de Roberto Marinho, direito de resposta que foi ao ar lido pelo então âncora do Jornal Nacional, Cid Moreira ( https://www.youtube.com/watch?v=fKsmvuJoegs ).
Era comum por partes das elites e do PIG criticá-lo quando o assunto se referia aos seus investimentos em educação e na defesa das populações mais humildes, Brizola sempre foi um critico fervoroso da truculência policial e isso era um prato cheio para seus opositores o acusarem de ser defensor de bandido e que seus CIEPs eram desperdício de dinheiro, mas oras, qdo que colocar dinheiro em educação é desperdício? as elites sabiam que quanto mais educada, politizada e informada, mais difícil seria a sua dominação e com isso seria mais trabalhoso para explorar essa gente e lucrar com as distorções sociais.
Com toda essa história de luta, sem ter medo de enfrentar os grandes vilões da nação, dá pra gente entender os motivos do burguesia e da imprensa venal ter verdadeira ojeriza ao eterno governador, mas cabe a nós não deixar que esse mito e seu legado sejam esquecidos, em 21 de junho de 2004, Leonel Brizola saiu da vida pra virar história.
uma historia q merece ser contada.
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